Cotas
raciais é um assunto que tem sido veementemente debatido nos dias atuais.
Defensores e pessoas contrárias se esforçam para comprovar seus argumentos. Fica
claro que os dois lados estão, de certa forma, corretos, porém é clara a
necessidade destas cotas para a equiparação socioeconômica.
Vivemos
em um país com grande diversidade de etnias, mas que, mesmo assim, é fonte de
um forte preconceito racial. As favelas estão infestadas de pessoas negras, que
no nosso país sofrem grande preconceito e são, muitas vezes, esquecidos pelo
resto da sociedade. E é um fato comprovado: negros ganham menos; negros são a
maioria em nossas cadeias; negros são a maioria em mortes de âmbito criminal. Para tentar sanar e diminuir essas
desigualdades foram criadas as cotas, que destinam uma parte das vagas nas
faculdades para os negros. Criadas como forma de equiparação social, elas têm
um papel fundamental e podem ajudar as pessoas negras a ingressarem mais
facilmente nos cursos superiores.
Porém,
muitos são contra as cotas, alegando que não há forma maior de exclusão social que
elas, pois seriam as cotas as causadoras do preconceito e também do afastamento
do negro dá igualdade que tanto deseja, o que não tem sentido algum, não no
país em que vivemos. O país onde a escravidão perdurou por anos, e, quando
abolida, foi motivo de liberdade e marginalização de negros. Estes que não
tinham para onde ir nos grandes centros populacionais foram buscando abrigo à
margem da sociedade, e o encontraram. Encontraram e encontram também a
dificuldade na busca por empregos e na própria sobrevivência dentro das
favelas, dominadas por traficantes e esquecidos pela mídia. Para Letícia
Januário, escritora do blog Super Vestibular
“o abismo existente entre escolas públicas e
particulares fornecem, claramente, oportunidades distintas a estudantes de
classes sociais diferentes”.
Ou
seja, tendo em vista todo esse histórico e a atual situação das nossas grandes
faculdades, em que só conseguem entrar aqueles que pagam cursos caríssimos e
estudam em escolas privadas. O negro e o pobre no Brasil não foram feitos para
estudar, foram feitos para manter a população que tem dinheiro para pagar tudo
que quer.